quinta-feira, 21 de maio de 2015

PROJETO HORTA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL




ESCOLA ESTADUAL SILO VARGAS BATISTA – DISTRITO DE MORUMBI.


DISCIPLINAS: EIXOS TEMÁTICOS – TERRA- VIDA – TRABALHO, LÍNGUA PORTUGUESA E CIÊNCIAS.


TURMAS: 1º AO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


ELABORADORA: MARIA JOSÉ DA SILVA


EXECUTANTES:  MARIA JOSÉ DA SILVA

                                ANA LÚCIA GUEDES BAPTISTA

                                NIVALDO DE OLIVEIRA RAMOS

                                DERCIVAL GOMES DOS SANTOS

                               

COORDENADORA PEDAGÓGICA: ANGELA FLORIDELMA CHAVES CABREIRA


DIRETOR: ANTONIO PINHO


PROJETO HORTA E

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


Público Alvo:

Destinado aos estudantes do 1º ao 7º Ano do Ensino Fundamental.


Duração: O projeto se caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não tem hora ou tempo de duração que possa ser pré-estabelecido. Afinal, uma vez montada a horta é possível imaginar, que cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.


OBJETIVO GERAL

    Sensibilizar e conscientizar as crianças de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada cidadão deste planeta.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do processo de germinação;
  • Dar oportunidades de aprender a cultivar plantas utilizadas como nutritivo;
  • Conscientizar da importância de estar saboreando um alimento saudável e nutritivo;
  • Degustação do alimento semeado, cultivado e colhido;
  • Criar, na escola uma área verde produtiva pela qual, todos se sintam responsáveis;
  • Estimular os estudantes a construírem seu próprio conhecimento no contexto interdisciplinar;
  • Contextualizar os conteúdos aos problemas da vida urbana;
  • Construir a noção de que o equilíbrio do ambiente é fundamental para a sustentação da vida em nosso planeta.


JUSTIFICATIVA

         Um número crescente de educadores tem refletido e muitas vezes buscado cumprir o importante papel de desenvolver o comprometimento dos estudantes com o cuidado do ambiente escolar: cuidado do espaço externo e interno da sala ou da escola, cuidando das relações humanas que traduzem respeito e carinho consigo mesmo, com o outro e com o mundo. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o repensar de responsabilidade e atitudes de cada um de nós, gera processos educativos ricos, contextualizados, significativos para cada um dos grupos envolvidos. Neste contexto, o cultivo de hortas escolares pode ser um valioso instrumento educativo.

         O contato com a terra no preparo dos canteiros e a descobertas de inúmeras formas de vida que ali existem e convivem, o encanto com as sementes que brotam como mágica, a prática diária do cuidado – regar, transplantar, tirar matinhos, espantar formigas é um exercício de paciência e perseverança até que a natureza nos brinde com a transformação de pequenas sementes em verduras e legumes viçosos e coloridos.

         Hortas escolares são instrumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo educador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma significativa e contextualizada e promover vivências que resgatam valores. Valores tão bem traduzidos no livro Boniteza de um Sonho, do professor Moacir Gadotti: “Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida. A partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar. Ao construí-lo e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas. Os estudantes o encaram como fonte de tantos mistérios! Ele nos ensina os valores da paciência, da perseverança, da criatividade, da adaptação, da transformação, da renovação”.


         INTRODUÇÃO


         As atividades ligadas ao uso do solo tais como: revolver a terra, plantar, arrancar mato, podar, regar não só constituem ótimo exercício físico como as coisas da natureza. Este projeto procura apresentar atividades que despertem o interesse do estudante no cuidado com o ambiente.

         Neste projeto, as pessoas devem atuar sempre com muita responsabilidade e compromisso.

         Os estudantes devem estar presentes na maioria das etapas e atividades desenvolvidas na horta, tais como: seleção das espécies a serem cultivadas, plantio, cuidados com a horta e colheita.

         Os professores devem auxiliar os estudantes no desenvolvimento e manutenção da horta e na supervisão dos trabalhos.


         Resultados previstos:

  • Maior integração do corpo docente;
  • Melhora no nível de socialização do estudante;
  • Desenvolvimento das habilidades específicas do estudante;
  • Melhora do nível de higiene ambiental escolar;
  • Conscientização da necessidade de conservação dos recursos naturais.


As turmas envolvidas no projeto poderão repensar sobre:


  • O solo, o clima e os alimentos;
  • Os alimentos e o seu valor nutricional;
  • Os cuidados com a preparação do solo;
  • Alimentos e seu valor nutricional;
  • Receitas pesquisadas junto a familiares e outras pessoas da comunidade que contenham os alimentos cultivados na horta.


Material necessário:

  • Terreno apropriado;
  • Apoio dos estudantes, dos outros professores e da comunidade;
  • Recursos como adubos, sementes e ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças (pazinhas, rastelos e regadores apropriados para estudantes);
  • Água para rega ou molhagem.


As vantagens para ter uma horta na escola:

  • Fornece vitaminas e minerais importantes à saúde dos estudantes;
  • Permite a colaboração dos estudantes, enriquecendo o conhecimento deles;
  •  Estimula o interesse das crianças pelos temas desenvolvidos com a horta.


Procedimentos:

    O planejamento do projeto deve ser feito de modo que os estudantes acompanhem todas as etapas do cultivo, participando diretamente de cada uma delas.

    A cada semestre, pode ser escolhida uma verdura para ser cultivada. Mas, antes que os estudantes comecem a ter contato com a terra e as sementes, é importante que o professor procure envolvê-los em uma atividade lúdica que desencadeie a questão do cultivo.


1ª etapa:

Visitação à horta:

  • Reconhecimento do espaço em que será feito o plantio. Nesta etapa, os professores devem aproveitar para conversar com os estudantes, abordando questões como: o que é uma horta, para que serve e o que podemos plantar nela;
  • Exploração do espaço da horta, mostrando suas partes e os instrumentos que serão utilizados para a semeadura, como manusear com segurança o rastelo, a pá e o regador .


Preparação da terra:

  • Depois de uma aula sobre plantio, os estudantes começam a preparar a terra afofando-a, desmanchando os torrões que se formam e molhando-a.

2ª etapa:

  • Apresentação do que será plantado, explicando às crianças as características e o valor nutricional do alimento e para que servem as vitaminas que estão contidas nele, a experimentação da verdura, conhecer o gosto do alimento para tanto, deve ser preparado algo para degustação.


3ª etapa:

  • Plantio: Os estudantes deverão apresentar a semente que será plantada. Em seguida, farão as covas para colocação da semente. Depois da plantação, os professores devem combinar com a turma o espaço de tempo em que será feita a rega e a limpeza dos canteiros.


4ª etapa:

  • Acompanhamento da plantação: a época de crescimento da plantação, observação do crescimento da semente, limpeza e rega dos canteiros.  

5ª etapa:

  • Colheita: Experimentação: a fase final do projeto deve ser encarada como uma festa onde todas as turmas se reúnem para comer o que plantaram. A vivência deste projeto é uma experiência muito rica para os estudantes, instiga a curiosidade deles e introduz noções de Ciências Naturais.

Tempo para transplante:

  • Alface e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;  
  • Couve, repolho e cebolinha: 30 dias.
  • Época de colheita:  
  • Rabanete: 35 dias;
  • Alface, chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;  
  • Espinafre: 60 dias;  
  • Salsa: 70 dias;
  •  Beterraba e cenoura: 90 dias.

Rega:

    É um dos principais momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.


Colheita: É feita de duas maneiras: arranco e corte.

    Para alface, chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa, cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes. Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes. O almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem ser colhidos diversas vezes.

    Controle de pragas e doenças: Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga. Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas. O cultivo de ervas medicinais, como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta, também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta, pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver, o ideal é aplicar a calda de fumo.


Avaliação:

    Observação  periódica com registros do interesse dos estudantes.

        

BIBLIOGRAFIA:


-  ACHARAM, Y.M. - As Plantas que Curam. Vol. I - 1ª edição - Ed. Li Bra. - São Paulo.

- COSTA, R. - Notas de Fitoterapia. - 2ª edição - Rio de Janeiro, 1958. Guia Rural

- Ervas e Temperos. Ed. Abril - São Paulo, 1991. _ PRIMAVESI, A.

- Manejo integrado de pragas e doenças. Ed. Nobel - São Paulo, 1988.

- TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. - Rio de Janeiro, 1983.     

  
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